sexta-feira, 30 de setembro de 2011




MEMÓRIA RAM.


Grudado em partes, fica guardado. Fica. Onde Ficou. Mesmo indo embora. Disco oxidado. É matéria existente. Existe. Sujo. Empoeirado. Rabiscado. Não se lê. Desconexão em evidência. Imagens cortadas. Quebradas. Existem assim. Mesmo. Existem ainda memória com espaço. Disco frágil  se enrijece fácil.

Cada lado do seu lado está. Distante. Quase apagado. Camada branca quase transparente cobre a pintura. Cada quadro no seu espaço quadrado. Cores fortes ainda permanecem no fundo da tela. Vulcânicas estagnações de vontade buscam o amarelo Van Gogh. Placidez da Fotografia exposta na sala branca esterilizada.

Estéril. Estaremos. Brancos todos, brancos, ao fundo, ao lado, em frente e verso. Brancos. Gozo. Gozado não. Lá onde fica, é onde? Por que não sai? Grudado. Gravado. Cravado. Modificações, percursos, muitas temporadas, outras cores.

Eis que do nada e do nada ressurge sempre àquela cor que só existe lá, mais ninguém viu, só nós sabemos dela, só nós percebemos o tom. Matiz em contraste. Nitidez. Sim. Nítido. Ensurdecedoramente nítido. Eros de Ray Ban não sabe pra onde atirar.

Mas atira sempre. A-Tiramos. A cena sem ação. Ciao cio. Há-deus?
A cena acionada lá dentro queima, por vezes dói. Seria hoje, cena?
Seria ação, seria. Tantos seriam.

Seriamos aqui ou lá, em algum lugar. Corpo. Pele. Pelos. Lugar. Corpo, onde se ocupa. Ocupado. Lugar em outro está. E vem, forte como um leão, Jorrando beleza. E vem e me devora e me carrega, me rapta. Me capta. Sempre estive. Estiver. Me capta. Me raptou o amarelo. Forte reluz. Ouro Pelos em juba flor. Pelos, sens-ação. Sem. Cerrado lá. Encerrado Já. Cerrado. E Depois? Em cerrado nasce Flor?

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